Como ficam os consultórios odontológicos em meio a pandemia?
A pandemia do coronavírus trouxe uma situação inusitada para o setor da saúde, principalmente para os consultórios odontológicos, em que muitos tiveram de fechar as portas para que aglomerações e infecções fossem evitadas. Assim, segurança e precaução se tornaram a palavra tema para esses novos tempos.
Um jeito de escapar da crise e tentar manter um bom funcionamento foi adaptar os atendimentos, principalmente aqueles que estavam em andamento, como a recuperação de pacientes com implante dentário e facetas dentais, enquanto as avaliações e retornos poderiam ser feitos por outros meios digitais, como a videoconferência.
Para que as suspensões das consultas não urgentes fossem evitadas e os procedimentos se mantivessem seguros, o Conselho Federal de Odontologia e outras entidades do setor elaboraram uma série de protocolos de biossegurança para que os atendimentos se tornassem seguros.
Portanto, a pandemia do coronavírus no setor odontológico foi ao mesmo tempo bruta, porém, trouxe algumas modernizações quanto ao atendimento e possibilitou uma maior atenção para o cuidado com os pacientes.
No presente artigo abordaremos os cuidados que os consultórios estão tendo nas consultas não emergenciais, quais ferramentas usaram para aperfeiçoar o atendimento, como a marcação de consultas para avaliação de aparelho dental transparente por meio de canais digitais como os mensageiros e redes sociais.
Os protocolos de biossegurança para os consultórios
O Conselho Federal de Odontologia e outras entidades do setor de saúde e da própria odontologia criaram manuais e normas de biossegurança para que o atendimento presencial nos consultórios pudesse voltar, principalmente os chamados não eletivos (não urgentes).
Abaixo abordaremos algumas dessas medidas que foram adotadas e que servem para a grande maioria dos procedimentos a serem realizados nas clínicas, desde a lente de contato de dente até os aparelhos ortodônticos.
- Evitar aglomerações
Os consultórios possuem uma sala de espera na qual, geralmente, os pacientes esperam ser chamados para que os tratamentos sejam feitos.
Entretanto, com os protocolos, a sala de espera deve ser reduzida, para evitar a aglomeração de pessoas.
Assim, as consultas devem ser previamente marcadas e os horários respeitados, bem como o distanciamento marcado e adotado.
Além de ser uma recomendação do CFO, também faz parte das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
- Uso de EPI’s
Os EPI ‘s, Equipamentos de Proteção Individual, são fundamentais para qualquer consultório odontológico, entretanto, na situação pandêmica, esses equipamentos tiveram um protagonismo ainda maior.
Assim, as máscaras e o protetor facial devem ser usados para que nariz e boca sejam protegidos, além dos olhos.
O paciente, que precisa ter a boca manuseada, precisa ficar com a máscara até a entrada no consultório e, assim que acabar os procedimentos, é necessário usar novamente para circulação.
- Higiene de mãos
O cuidado com as higienes das mãos é muito importante para a garantia da não disseminação do vírus.
Dessa maneira, é necessário o uso do álcool em gel no consultório. Já para os dentistas, é crucial a lavagem com água e sabão.
Procedimentos que precisam desse contato maior com os dentes, como a colocação da lente de contato de dente, após o tratamento é fundamental a lavagem completa das mãos e do local para evitar contaminações.
- Limpeza e desinfecção de superfícies
Como o coronavírus pode ficar em superfícies por alguns dias e, assim, ser transmitido, é necessário que as superfícies de móveis, cadeiras e mesas sejam limpas e desinfectadas com água e sabão periodicamente.
Nos consultórios, o uso de papéis descartáveis na maca pode contribuir para manter uma higienização segura entre uma consulta e outra de forma mais prática.
Outras recomendações
Além dessas recomendações, existem outras que precisam ser seguidas e levadas a sério para que a proteção do profissional e do paciente sejam alcançadas.
É recomendado que a avaliação dos pacientes seja feita por telefone ou por videoconferência, principalmente para tentar identificar as queixas principais e verificar se tal processo consiste em emergência ou urgência e demanda tratamento presencial e se há manifestação de algum sintoma do covid-19.
Outro fator que demanda atenção é que durante os procedimentos o dentista opte por procedimentos que não gerem os aerossóis como o ART (Tratamento Restaurador Atraumático) e restaurações provisórias.
Evitar procedimentos que geram muita saliva, para evitar o cuspe recorrente, também pode ser necessário. Caso seja preciso, sempre aspirar a cavidade oral com frequência.
Além disso, caso o cliente ou o profissional apresente sintomas do COVID-19 é preciso informar a clínica e ausentar-se de todas as atividades.
Portanto, vimos que os procedimentos dentários, do clareamento dental com moldeira até os implantes sofreram muitas mudanças, mas com o uso da tecnologia e dos protocolos de biossegurança, o atendimento possibilitou manter as atividades e segurança dos profissionais e pacientes dos consultórios dentistas.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe da Vue Odonto, uma rede especializada em atendimento odontológico com enfoque na humanização.